Os cabelos têm uma função estética importante em nossa sociedade o que faz com que a queda de cabelos seja um motivo de grande preocupação para homens e mulheres. Embora seja uma queixa comum nos consultórios dermatológicos, muitas vezes é negligenciada por alguns profissionais.
Em média, perdemos de 100 a 150 fios de cabelos todos os dias. Esses fios que caem de forma espontânea, principalmente ao pentear ou lavar os cabelos, são chamados de telógenos e sua queda é parte do ciclo de renovação capilar. Se a quantidade aumentar de forma expressiva, o motivo deve ser investigado.
A queda de cabelo pode ser percebida tanto pelo aumento do número de fios perdidos diariamente, quanto pela rarefação do couro cabeludo (“cabelos ralos”). Cientificamente, o aumento da quantidade de cabelos que cai é chamada Eflúvio e a rarefação ou ausência de cabelos no couro cabeludo é conhecida como Alopecia.
As pessoas quando percebem a queda de cabelo ou a rarefação tem como primeira atitude lavar menos o cabelo, podendo piorar ainda mais a queda, pois a oleosidade e descamação são fatores que aumentam a perda capilar.
A queda de cabelos e a rarefação do couro cabeludo podem ter diversas causas como stress, deficiências nutricionais, doenças auto-imunes, infecções, anemia, endocrinopatias como o hipotireoidismo, gestação, cirurgias, troca ou parada do anticoncepcional, além do fator genético. São identificados desde Eflúvios auto-limitados, que terão melhora espontânea, até alopecias cicatriciais irreversíveis. No meio do espectro, estão as alopecias não cicatriciais , de causa auto-imunes (alopecia areata) ou genético-hormonais (alopecia androgenética). O diagnóstico da queda de cabelos é baseado em um exame clínico minucioso, avaliação laboratorial, dermatoscopia do couro cabeludo (tricoscopia) e, em alguns casos, biopsia do couro cabeludo.
Existem diversos tratamentos desde tópicos e orais realizados em casa, até injetáveis, microagulhamento, laser, realizados em consultório. Além de transplante capilar , que pode ser a opção para alguns casos irreversíveis. A modalidade a ser escolhida vai depender dos fatores individuais como a causa, o tempo de evolução e a extensão do acometimento. Porém, em todos os casos, o diagnóstico precoce e o tratamento correto são imprescindíveis para evitar o agravamento do problema.