Psoríase

A Psoríase é uma doença da pele relativamente comum, crônica e não contagiosa. É cíclica, ou seja, apresenta sintomas que desaparecem e reaparecem periodicamente.  Sua causa é desconhecida, mas se sabe que pode estar relacionada ao sistema imunológico, às interações com o meio ambiente e à suscetibilidade genética. É frequente a associação de psoríase e artrite psoriática, doenças cardiometabólicas, doenças gastrointestinais, diversos tipos de cânceres e distúrbios do humor.

 

Os sintomas variam de paciente para paciente, conforme o tipo da doença, mas podem incluir: manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas, pequenas manchas brancas ou escuras residuais pós lesões, pele ressecada com sangramento, coceira, queimação, dor, unhas grossas, sulcadas, descoladas e com depressões puntiformes, inchaço e rigidez nas articulações. Em casos de psoríase moderada pode haver apenas um desconforto por causa dos sintomas, mas nos casos mais graves pode ser dolorosa e provocar alterações que impactam significativamente na qualidade de vida e na autoestima do paciente. Assim, o ideal é procurar tratamento o quanto antes. Além disso, alguns fatores podem aumentar as chances de uma pessoa adquirir a doença ou piorar o quadro clínico já existente, dentre eles: histórico familiar, estresse, obesidade, tempo frio, a psoríase tende a melhorar com a exposição solar, consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo. Há vários tipos de psoríase, e o dermatologista poderá identificar a doença, classificá-la e indicar a melhor opção terapêutica.

 

Cada tipo e gravidade de psoríase podem responder melhor a um tipo diferente de tratamento (ou a uma combinação de terapias). O que funciona bem para uma pessoa não necessariamente funcionará para outra, dessa forma, o tratamento da psoríase é individualizado. Hoje, com as diversas opções terapêuticas disponíveis, já é possível viver com uma pele sem ou quase sem lesões, independentemente da gravidade da psoríase. O tratamento é essencial para manter uma qualidade de vida satisfatória.

 

Nos casos leves, hidratar a pele, aplicar medicamentos tópicos apenas na região das lesões e exposição diária ao sol, nos horários e tempo adequados e seguros, são suficientes para melhorar o quadro clínico e promover o desaparecimento dos sintomas. Nos casos moderados, quando apenas as medidas acima não melhorarem os sintomas, o tratamento com exposição à luz ultravioleta A (PUVA)  ou ultravioleta B (banda estreita) em cabines faz-se necessário. Essa modalidade terapêutica utiliza combinação de medicamentos que aumentam a sensibilidade da pele à luz, os psoralenos (P), com a luz ultravioleta A (UVA), geralmente em uma câmara emissora da luz. A sessão da Puvaterapia demora poucos minutos e a dose de UVA é aumentada gradualmente, dependendo do tipo de pele e da resposta individual de cada paciente à terapia. O tratamento também pode ser feito com UVB de banda estreita, com menores efeitos adversos, podendo, inclusive, ser indicado para gestantes. Já em casos graves, é necessário iniciar tratamentos com medicação via oral ou injetável.

 

A psoríase pode ter um impacto significativo na qualidade de vida e na autoestima do paciente, o que pode piorar o quadro. Assim, o acompanhamento psicológico é indicado em alguns casos. Outros fatores que impulsionam a melhora e até o desaparecimento dos sintomas são uma alimentação balanceada e a prática de atividade física. O paciente nunca deve interromper o tratamento prescrito sem autorização do médico. Esta atitude pode piorar a psoríase e agravar a situação.